A UNIVERSIDADE Eduardo Mondlane (UEM) atribuiu ontem o título de DoutoraHonoris Causa na especialidade de Ciências do Desporto a Lurdes Mutola,numa cerimónia bastante concorrida e que contou com a presença de diversas individualidades das áreas política, académica, desportiva, entre outras.
Este feito, de acordo com a Universidade Eduardo Mondlane, é em reconhecimento aos feitos nobres e únicos daquela que é a melhor atleta moçambicana de todos os tempos e que se esmerou e continua a se esmerar numa área que não é apenas do domínio do fazer, mas também de questionamento científico, desenvolvida naquela instituição do Ensino Superior em Moçambique, concretamente na Escola Superior de Ciências do Desporto.
Na ocasião A UEM reconheceu que Lurdes Mutola é uma dádiva que Deus nos deu e que está acima das capacidades humanas e pelos seus feitos, o país tem que lhe render a devida homenagem.
Aliás, Lurdes Mutola foi por diversas vezes a embaixadora do desporto moçambicano além-fronteiras, tendo conquistado diversas medalhas de diverso quilate, sendo de destacar as de ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney, Austrália, e dos Campeonatos Mundiais de Edmonton, Canadá.
Em jeito de agradecimento, Lurdes Mutola dedicou o título ao seu treinador, o norte-americano Jeffrey Hunt, ao antigo presidente da República Joaquim Chissano, e ao combatente de primeira ordem Marcelino dos Santos, com quem trocou um abraço muito forte e que mereceu o aplauso de todos os presentes no Centro Cultural da Universidade Eduardo Mondlane.
Durante a sua intervenção Mutola disse ter aprendido muito com o seu treinador, pois sempre lhe transmitiu a ideia de que as vitórias nunca são suficientes. É preciso fazer muito mais. Explicou também que se apercebeu da dimensão da responsabilidade que tinha cada vez que estivesse numa competição, com as frequentes chamadas do antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, dandolhe força, dizendo.
“Moçambique está contigo”. A partir daí, para ela, o atletismo deixou de ser uma modalidade individual e passou a ser colectiva”, tendo em conta o sentido patriótico da mensagem do então Chefe do Estado.